sexta-feira, outubro 19, 2012

“BELEZAS” DO FACEBOOK


TESTEMUNHO

O Facebook que nem sempre é uma “ferramenta” dócil e verdadeiramente humanizada, reserva-nos, algumas vezes — pena não sejam mais frequentes — surpresas agradáveis, testemunhos que dificilmente serão esquecidos futuramente, por serem grandes as emoções que procuram.
Quando procuramos assumir um compromisso, qualquer que ela seja, dando o melhor de nós mesmos, não fazemos isso para recebermos “elogios” ou medalhas, mas simplesmente porque amamos aquilo que fazemos.
No caso aqui apresentado, trata-se do facto de “fazer conhecer e amar a Beata Alexandrina Maria da Costa”, tanto em Portugal, como no mundo inteiro.
Os “amigos” da Beata Alexandrina no Facebook são mais de 5 000 e por isso mesmo não é possível responder a todos como o desejaríamos fazer. Mas, todos podem estar certos do nosso carinho, da nossa estima e da nossa gratidão por tudo quanto fazem para nos ajudar nesta “missão” tão Santa, tão agradável e sobretudo tão eficaz sobre o ponto de vista espiritual: a Beata Alexandrina é na verdade um excelente “canal pelo qual Jesus quer fazer passar as graças”.
Nestes últimos dias — e não só — recebemos muitas mensagens cheias de carinho e de estímulo, para prosseguirmos o nosso “caminho”, aconteça o que acontecer.
Muito obrigado a todos e que a todos o Senhor conceda as maiores graças e bênçãos por intermédio da sua querida esposa de Balasar.
Esta mensagem recebido há pouco “mexeu” muito o meu coração, não tanto pelo que me diz respeito — eu nada mais sou do que um inútil instrumento — mas pela que ela diz a respeito da nossa querida Beata.
Não vou deixar o nome, mesmo se, estou seguro, aquela pessoa que o deixou saberá que se trata dela, assim como alguns dos seus amigos. É uma mensagem que exprime — sobretudo para aqueles que sabem ler entre linhas — um verdadeiro amor à Beata e sobretudo um conhecimento perfeito dos “efeitos” causados pelo amor que a ela dedicamos.
Leiam:

«Estimado amigo, é sempre um prazer imenso ler o que publica e partilhar o grande amor que nutrimos a esta Serva abençoada. Sermos dignos de observar este imenso amor com que nos brindou esta puríssima alma é tocante. Entra em nós de forma discretíssima, tal como era a querida Beata Alexandrina, e apropria-se das nossas acções e emoções, tomando conta de nós. Este amor imenso de nos cuidar e tomar conta, aconchega e seduz os que se dispõem a deixar-se levar por tamanha beleza que connosco é partilhada. Ir em corrida a Balazar, faz-nos desapropriar daqueles pequenos tóxicos com que teimamos por vezes deixar invadir os nossos dias. Chegar a Balazar mais de 44 km depois e cerca de 5 h na estrada, torna-nos leves no espírito e capazes de sermos acolhidos pelo amor que nos vai invadindo. Chegados lá, espera-nos um abraço imenso e aquele sorriso de quem está na Casa do Pai à nossa espera. Regressamos de alma cheia e plenos de amor pelo próximo. É por isso que corro. Que esta querida Serva de Deus mo permita, sempre em prol do bem ao próximo, partilhando toda a sua vida de amor eterno pelo Pai com os outros».

Depois destas palavras, qualquer comentário seria inútil.
Nunca nos esqueçamos de invocar a Beata Alexandrina nas nossas necessidades quotidianas.
Se vocês soubessem como ela é poderosa junto do Coração de Deus!
Afonso Rocha

quarta-feira, outubro 10, 2012

ALEXANDRINA E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL


GRANDES COISAS

PREFÁCIO

Muito perto do princípio das suas comunicações com a Beata Alexandrina, garantiu Jesus que faria nela “grandes coisas”:
Manda dizer ao teu Pai Espiritual que te vou modelando e preparando para coisas mais sublimes. (11 de Outubro de 1934)
Hei-de fazer em ti grandes coisas. (1º sábado de Dezembro de 1934)
Por isso, os seus apaixonados estudam-na com dedicação porque sabem que a sua vida e obra são um mundo de maravilhas.
O nosso amigo Afonso Rocha, o zeloso webmaster do Site dos amigos da Beata Alexandrina, é um desses apaixonados de longa data. Abalançou-se agora a abordar um tema com aspectos potencialmente polémicos, o da relação da Beata Alexandrina com a Segunda Guerra Mundial (tema que aliás já há-de ter merecido as atenções de Francis Johnston no seu opúsculo The Miracle of Alexandrina, editado pelo Exército Azul); o Afonso Rocha situa-o num contexto teológico um pouco alargado, o que é muito positivo.
O aspecto eventualmente polémico tem directamente a ver com o modo como Jesus se dirige à Alexandrina, quando está em causa a guerra, pois quando não está ver-se-á que tudo muda.
Sem querer substituir-me ao autor, parece não haver dúvida que aquelas mensagens são sobretudo para nós e para as gerações futuras, pois os contemporâneos da Alexandrina não as conheceram nem podiam conhecer.
Quem ali fala é o mesmo Jesus que um dia dirá à Mártir do Calvário que gostaria de se ajoelhar frente a cada homem para lhe pedir amor; e o mesmo que numa parábola do Evangelho de S. Mateus afasta de Si os condenados increpando-os:
Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo éter-no, que está preparado para o diabo e para os seus anjos!
O mundo pecador que a Alexandrina então representa tem em si o germe da condenação e por isso é potencialmente maldito; daí certamente o tom condenatório bem próximo do daquela parábola.
Entre os estudiosos da Beata de Balasar, à parte os padres Pinho e Humberto, tem havido falta de teólogos; eles poderão acaso descobrir aqui perspectivas mais profundas e inovadoras. Até lá, fiquemos com este elaborado trabalho do nosso amigo.
Parabéns, Afonso Rocha!
J. Ferreira

DISPONÍVEL AQUI :

JUNTO DO ALTAR DO CORAÇÃO DE JESUS


Introdução

A primeira referência ao Sagrado Coração de Jesus que encontramos nos escritos da Alexandrina, encontramo-la na sua Autobiografia, quando ela nos conta como aconteceu a sua primeira confissão geral, em Gondifelos a Frei Manuel das Chagas. Ela no-la descreve com a sua simplicidade habitual:

«Foi aos nove anos que fiz pela primeira vez a minha confissão geral e foi com o Sr. Padre Manuel das Chagas. Fomos, a Deolinda, eu e a minha prima Olívia, a Gondifelos, onde Sua Reverência se encontrava, e lá nos confessámos todas três. Levámos merenda e ficámos para a tarde, à espera do sermão. Esperámos algumas horas e recorda-me que não saímos da igreja para brincar. Tomámos nosso lugar junto do altar do Sagrado Coração de Jesus e eu pus os meus soquinhos dentro das grades do altar. A pregação dessa tarde foi sobre o inferno. Escutei com muita atenção todas as palavras de Sua Reverência, mas, a certa altura, ele convidou-nos a ir ao inferno em espírito. Para mim mesma disse: “Ao inferno é que eu não vou! Quando todos se dirigirem para lá, eu vou-me embora”, e tratei de pegar nos soquinhos. Como não vi ninguém sair, fiquei também, não largando mais os soquinhos».

A escolha do confessor não deve ter sido um acaso, mas uma escolha divina, visto que Frei Manuel das Chagas era naquele tempo muito conhecido, não só como um confessor atento e experimentado, mas ainda como um pregador de grande renome.
Afonso Rocha

DISPONÍVEL AQUI :

AS SEIS PRIMEIRAS QUINTAS-FEIRAS


  • PROMESSAS DE JESUS

Para que este devoção revelada por Jesus à Beata Alexandrina Maria da Costa, seja bem compreendida, é importante coloca-la no contexto em que foi recebida. Nos “Sentimentos da alma” de 25 de Fevereiro de 1949, ela escreveu:

“Ontem de manhã [24 de Janeiro], senti como se assumisse a mim toda a maldade humana. Tudo entrou para mim, e eu era o mundo. Causou-me tal tormento que não sabia como resistir. Lembrei-me que neste dia a ordem de alívio dada pelo meu Paizinho não teria lugar”.

Esta ordem do bondoso Padre Mariano Pinho, tinha como fim, proteger, durante alguns momentos, a Beata Alexandrina, dos sofrimentos cada vez mais dolorosos. E, milagre da misericórdia divina, Jesus acatava, com amor e carinho, estes pedidos do santo sacerdote. Mas deixemos que a própria Alexandrina nos conte:

“Enganei-me: sentia e via com os olhos da alma dentro em meu peito uma ovelha poisada sobre a terra, presa por grandes sebes de espinhos. Eu ia caminhando para o Horto, e ela sempre dentro de mim. Durante a tarde, desapareceu tudo isto, foi muito mais suave a dor. À noite voltei ao mesmo sofrimento pavoroso. Sobre o solo do Horto levantou-se um altar, altar de dor assediado por todos os martírios. Sobre ele estava não uma ovelha com sebes de espinhos, mas sim um cordeiro mansíssimo que tudo recebia sem dar sinal de vida, possuindo toda a vida. Daquele cordeiro saía tudo de bondade, e todo ele ardia em chamas que abrasavam o altar e todo o solo do Horto”.

O brilho daquelas chamas que abrasavam sem nada consumirem, fez compreender à simples e humilde vítima que só Jesus poderia agir assim, que só o Esposo querido da sua alma podia mostrar-se a ela daquela maneira, talvez para melhor a fazer compreender o que depois viria. Compreendendo-o, ela não hesitou em gritar, no mais profundo da sua alma — porque tudo ali se passava — o que acabara de descobrir, o que acabara de compreender:

“Era Jesus, era Jesus, senti que era. Oh! Como Ele amava, quando recebia toda a maldade e ingratidão!
Nesta ocasião coisas houve que agravaram muito o meu sofrimento. O demónio tentador aproveitou a ocasião para me atormentar. Sem eu querer via tudo pelo pior; foi grande a minha agonia. Meu Deus, se é possível, afastai de mim este sofrimento. Assim me uni à agonia de Jesus. Mas logo acrescentei: não se faça a minha vontade, mas a Vossa divina vontade. Não desvieis de mim a Vossa Face, ó meu Jesus, não me deixeis sozinha um só momento, só esse basta para eu desesperar!
Num mar de dores passei toda a noite.
Logo de manhã, no meu mundo, se levantou o mesmo altar de dor rodeado de martírios com o mesmo cordeirinho em cima. E assim segui para o Calvário. A toda a dor este cordeiro mansinho pagava com doçura e amor. Ele ardia em chamas e por entre elas, por entre a alvura da sua graça, caía o Seu sangue em abundância a regar a terra.
Aproximava-se o fim da montanha, e o inocente Cordeiro sempre sobre o altar do patíbulo; sabia que ia morrer e ansiava por dar a vida. Que amor, que amor! Só podia ser o amor de um Deus, o amor de Jesus! No alto do Calvário, em vez da cruz, continuou a ser o mesmo altar e o mesmo Cordeiro a arder em chamas e a derramar sangue. Quanto mais se aproximava a hora de Jesus expirar, mais a crueldade de debatia contra o Cordeiro inocente e mais as chamas do Seu amor se estendiam sobre tanta maldade e ingratidão. O Cordeiro ia morrer e nesse momento passou da noite para o dia, da morte para a vida no abraço mais íntimo ao Seu Coração toda a humanidade. Desapareceu de mim o altar, o Cordeiro, e eu fiquei como se não vivesse. Dentro em pouco veio Jesus, falou-me em meu coração; falava-me nele como d’uma janela”.

De facto, Jesus vai falar à sua esposa, à sua amada, encorajá-la, falando-lhe amorosamente, mesmo se, com autoridade evidente. Ouçamos as Suas palavras:

“— Minha filha, minha filha, vítima de Jesus, vítima da humanidade, vítima da tua Pátria, do teu Portugal. Minha filha, minha filha, louquinha da Eucaristia, ama-Me, ama-Me e faz-Me amado; é por ti que Eu quero ser amado, é por ti que Eu quero muitas orações a amarem-Me, é por ti que Eu quero ser reparado, é por ti que Eu exijo grande reparação; repara-Me de tantos sacrilégios, de tantos crimes e iniquidades. A tua dor atingiu o auge. Podia dizer que o Meu divino amor atingiu para contigo também o seu auge; não porque o Meu amor tenha limites, mas porque te amo com o amor com que pode ser amada uma criatura humana; amo-te com amor louco”.

Depois, Jesus revela a nova devoção, uma devoção cuja prática é fácil, mas os seus resultados imensos, são promessas inauditas: de facto “Só podia ser o amor de um Deus, o amor de Jesus!” como dizia acima a Beata Alexandrina:

“— Minha filha, minha esposa querida, faz com que Eu seja amado, consolado e reparado na minha Eucaristia. Diz em Meu Nome que todos aqueles que comungarem bem, com sincera humildade, fervor e amor em seis primeiras quintas-feiras seguidas e junto do Meu Sacrário passarem uma hora de adoração, e íntima união comigo lhes prometo o Céu. É para honrarem pela Eucaristia as Minhas santas Chagas, honrando primeiro a do Meu sagrado Ombro tão pouco lembrada. Quem isto fizer, quem às Santas Chagas juntar as dores da minha Bendita Mãe, e em nome delas nos pedirem graças, quer espirituais, quer corporais, Eu lhas prometo; a não ser que sejam de prejuízo à sua alma. No momento da morte trarei comigo Minha Mãe Santíssima para as defender”.

– Receber Jesus sacramentado dignamente (em estado de graça);
– Seis primeiras quintas-feiras de seis meses consecutivos;
– Fazer uma hora de adoração diante do Sacrário;
– Lembrar as Santas Chagas de Jesus e particularmente aquela do Ombro;
– Lembrar as dores de Maria.

Podemos dizer que é uma devoção fácil de pôr em prática!
Quanto às promessas de Jesus para aqueles que fizerem dignamente esta devoção, elas são simplesmente maravilhosas e estimulantes:

— Quem isto fizer, quem às Santas Chagas juntar as dores da minha Bendita Mãe, e em nome delas nos pedirem graças, quer espirituais, quer corporais, Eu lhas prometo; a não ser que sejam de prejuízo à sua alma.
— No momento da morte trarei comigo Minha Mãe Santíssima para as defender.

Vamos hesitar? Vamos fazer “ouvidos de mercador” a tão importantes e salutares promessas?
Não, e não! Unidos como num só coração, vamos unir-nos aos Corações de Jesus e Maria e honrá-los dignamente, praticando com particular abnegação esta Santa devoção que Jesus nos ofereceu por intermédio da sua querida esposa de Balasar, aquela que nós tanto amamos e merece todo o nosso carinha e amor.
Afonso Rocha