Introdução
A primeira
referência ao Sagrado Coração de Jesus que encontramos nos escritos da
Alexandrina, encontramo-la na sua Autobiografia, quando ela nos conta como
aconteceu a sua primeira confissão geral, em Gondifelos a Frei Manuel das Chagas.
Ela no-la descreve com a sua simplicidade habitual:
«Foi aos nove anos que fiz
pela primeira vez a minha confissão geral e foi com o Sr. Padre Manuel das
Chagas. Fomos, a Deolinda, eu e a minha prima Olívia, a Gondifelos, onde Sua
Reverência se encontrava, e lá nos confessámos todas três. Levámos merenda e
ficámos para a tarde, à espera do sermão. Esperámos algumas horas e recorda-me
que não saímos da igreja para brincar. Tomámos nosso lugar junto do altar do
Sagrado Coração de Jesus e eu pus os meus soquinhos dentro das grades do altar.
A pregação dessa tarde foi sobre o inferno. Escutei com muita atenção todas as
palavras de Sua Reverência, mas, a certa altura, ele convidou-nos a ir ao
inferno em espírito.
Para mim mesma disse: “Ao inferno é que eu não vou! Quando
todos se dirigirem para lá, eu vou-me embora”, e tratei de pegar nos soquinhos.
Como não vi ninguém sair, fiquei também, não largando mais os soquinhos».
A escolha do
confessor não deve ter sido um acaso, mas uma escolha divina, visto que Frei
Manuel das Chagas era naquele tempo muito conhecido, não só como um confessor
atento e experimentado, mas ainda como um pregador de grande renome.
Afonso Rocha
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