Alexandrina Maria da Costa
– Esboço biográfico –
I
– Esboço biográfico –
I
Tal como a aurora
« Eu chamo-me Alexandrina Maria da Costa »
« Depois de uns momentos de oração, a implorar auxílios do Céu e a luz do Divino Espírito Santo para poder fazer o que o meu Padre espiritual me determinou, principio a descrever a minha vida, tal qual como Nosso Senhor ma for recordando, embora com grande sacrifício » (A) [1].
Assim começa a Autobiografia da Alexandrina, escrita a partir de 20 de Outubro de 1940.
Vamos utilizar grande parte deste importante documento para o trabalho que nos propomos levar a cabo, “tal como Nosso Senhor nos for recordando, embora com grande sacrifício”, mas com um prazer não dissimulado, visto que falar da “Doentinha de Balasar” é para nós um prazer, além dum dever de gratidão.
A Alexandrina escreveu igualmente um importante Diário ― “Sentimentos da alma” ―, assim como um impressionante número de cartas ao seu primeiro Director espiritual o Jesuíta Padre Mariano Pinho.
« Eu chamo-me Alexandrina Maria da Costa, nasci na freguesia de Balasar, concelho da Póvoa de Varzim, distrito do Porto, a 30 de Março de 1904, numa quarta-feira de trevas, e fui baptizada a 2 de Abril do mesmo ano, era então sábado de Aleluia.
Serviram de padrinhos um tio de nome Joaquim da Costa e uma senhora de Gondifelos, Famalicão, de nome Alexandrina » (A).
Assim começa ela a contar a história da sua vida. Depois, confessa humildemente :
« Até aos três anos de idade não me recordo de nada, a não ser de algum carinho que dos meus recebia » (A).
Pensa todavia que não foi exemplar e que nela os defeitos abundam :
« Encontro em mim, desde a mais tenra idade, tantos, tantos defeitos, tantas, tantas maldades que, como as de hoje, me fazem tremer. Era meu desejo ver a minha vida, logo desde o princípio, cheia de encantos e de amor para com Nosso Senhor ».
Depois disso, lembra-se que foi traquina, nem sempre obediente, e de certo modo bastante teimosa.
Dos seus quatro ou cinco anos, ou por volta destes, já tem melhor recordação das coisas que a rodeavam e das aspirações que então começaram a nascer no seu infantil coração.
Conta ela deste período da sua infância :
« Pelos quatro anos e meio de idade, punha-me a contemplar o céu (abóbada celeste) e perguntava aos meus se poderia chegar-lhe se pudesse colocar umas sobre as outras todas as árvores, casas, linhas dos carrinhos, cordas, etc., etc. Como me dissessem que nem assim chegaria, ficava descontente e saudosa, porque não sei o que me atraía para lá » (A).
“Não sei o que me atraía para lá?”
Alexandrina não sabia o que a atraía para o Céu, mas Aquele que tudo rege, porque tudo criou, sabia o porquê dessa atracção ; aliás, mais tarde Jesus lhe dirá que a amou e escolheu desde que nascera nas águas do baptismo.
Mas, antes de ir mais longe, plantemos o cenário, se assim nos podemos exprimir, para uma melhor compreensão do que seguirá.
« Depois de uns momentos de oração, a implorar auxílios do Céu e a luz do Divino Espírito Santo para poder fazer o que o meu Padre espiritual me determinou, principio a descrever a minha vida, tal qual como Nosso Senhor ma for recordando, embora com grande sacrifício » (A) [1].
Assim começa a Autobiografia da Alexandrina, escrita a partir de 20 de Outubro de 1940.
Vamos utilizar grande parte deste importante documento para o trabalho que nos propomos levar a cabo, “tal como Nosso Senhor nos for recordando, embora com grande sacrifício”, mas com um prazer não dissimulado, visto que falar da “Doentinha de Balasar” é para nós um prazer, além dum dever de gratidão.
A Alexandrina escreveu igualmente um importante Diário ― “Sentimentos da alma” ―, assim como um impressionante número de cartas ao seu primeiro Director espiritual o Jesuíta Padre Mariano Pinho.
« Eu chamo-me Alexandrina Maria da Costa, nasci na freguesia de Balasar, concelho da Póvoa de Varzim, distrito do Porto, a 30 de Março de 1904, numa quarta-feira de trevas, e fui baptizada a 2 de Abril do mesmo ano, era então sábado de Aleluia.
Serviram de padrinhos um tio de nome Joaquim da Costa e uma senhora de Gondifelos, Famalicão, de nome Alexandrina » (A).
Assim começa ela a contar a história da sua vida. Depois, confessa humildemente :
« Até aos três anos de idade não me recordo de nada, a não ser de algum carinho que dos meus recebia » (A).
Pensa todavia que não foi exemplar e que nela os defeitos abundam :
« Encontro em mim, desde a mais tenra idade, tantos, tantos defeitos, tantas, tantas maldades que, como as de hoje, me fazem tremer. Era meu desejo ver a minha vida, logo desde o princípio, cheia de encantos e de amor para com Nosso Senhor ».
Depois disso, lembra-se que foi traquina, nem sempre obediente, e de certo modo bastante teimosa.
Dos seus quatro ou cinco anos, ou por volta destes, já tem melhor recordação das coisas que a rodeavam e das aspirações que então começaram a nascer no seu infantil coração.
Conta ela deste período da sua infância :
« Pelos quatro anos e meio de idade, punha-me a contemplar o céu (abóbada celeste) e perguntava aos meus se poderia chegar-lhe se pudesse colocar umas sobre as outras todas as árvores, casas, linhas dos carrinhos, cordas, etc., etc. Como me dissessem que nem assim chegaria, ficava descontente e saudosa, porque não sei o que me atraía para lá » (A).
“Não sei o que me atraía para lá?”
Alexandrina não sabia o que a atraía para o Céu, mas Aquele que tudo rege, porque tudo criou, sabia o porquê dessa atracção ; aliás, mais tarde Jesus lhe dirá que a amou e escolheu desde que nascera nas águas do baptismo.
Mas, antes de ir mais longe, plantemos o cenário, se assim nos podemos exprimir, para uma melhor compreensão do que seguirá.
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[1] (A) = “Autobiografia”.
2 comentários:
Rezemos pelos católicos perseguidos no Paquistão.
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Por que no:)
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