sexta-feira, março 30, 2012

QUANTO MAIS FOR COMBATIDA A MINHA CAUSA…

– Este canal, minha filha, é do coração da tua e minha Mãe Bendita!

“Não te entristeças, minha filha...”
E então principiou Jesus a dizer-me assim:
– Este canal, minha filha, é do coração da tua e minha Mãe Bendita; dele recebes o nosso amor na maior das abundâncias; dele recebes as nossas graças, virtudes e dons, riquezas divinas e tudo o que é do céu. Dele recebes vida para viveres, vida para dares às almas. É este o orvalho, o sangue que sentes cair sobre a humanidade. É uma mistura que faço das minhas riquezas, das minhas graças com a tua dor. És a nova redentora. Passo para ti tudo pelo canal da minha Bendita Mãe; és tu com Ela que salvas o mundo. Não te entristeças, minha filha, por não me receberes na Eucaristia. Quanto mais fores humilhada e a minha divina causa combatida mais maravilhas, maiores prodígios opero em ti. A minha divina ciência tem sempre que dar-te e tu, minha pomba bela, tens sempre que oferecer. Já que é sem igual a tua dor, o teu martírio, é sem igual o meu amor, as minha maravilhas em ti. São luzes confusas para aqueles que as não quiseram ver claras. Vida maravilhosa e prodigiosa é a tua, ó filha querida. Tu és orvalho que fecunda e dá vida. Tu és de Jesus, tu és das almas. És a bolinha de Jesus, és a bolinha dos meus entretimentos, dos meus encantos, assim como és a bolinha de encantos atraentes para os pecadores. És de Jesus e és deles. És vítima que amas e encantas o céu, és vítima que dás a vida momento a momento pela humanidade. Recebe toda esta vida divina, dá-a ao mundo faminto, dá-a ao mundo em perigo. A ti o entreguei, a ti o confiei. Tenho eu, Jesus, toda a confiança em ti. Confio tanto quanto tu me amas, quanto amas as almas. És rica comigo, comigo as salvas, comigo e minha Bendita Mãe. Vai, minha jardineira, para a minha agricultura. Vai dar, vai distribuir.
– Deixai-me, meu Jesus, dar tudo o que de Vós recebi a todos aqueles onde vai agora o meu pensamento.
E nomeei as pessoas a Jesus. Ainda abrasada no Seu divino amor, cantei à Mãezinha:

No meu calvário, na minha cruz,
Clamei alto, clamei sempre
Por ti, ó Mãe, ó Mãe de Jesus!
Mãe, ó Mãe de Jesus,
Mãe, ó Mãe do meu Senhor,
Vem, dá-me luz, vem dá-me amor,
Suaviza a minha cruz!

Desprendi-me de Jesus. Desapareceu o céu com todo o brilho, e o canal do coração da Mãezinha desapareceu com ele. Fiquei de novo sozinha na minha cruz, mas com o coração a arder, todo o peito está em chamas. Com a força que recebi pude ditar tudo isto sem grande sacrifício das minhas palavras. Sinto ainda o fogo no coração, mas os lábios já mal têm força para mover-se.
(Sentimentos da alma: 2 de Fevereiro de 1945 – Sexta-feira)

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