Jesus tomou nas mãos o Seu divino Coração
Jesus com
um sorriso na Sua infinita bondade disse:
― Não
pode ser, filha querida; assim como para serem perdoados os pecados são
necessárias as disposições da alma, igualmente as exijo para a promessa que te
faço, para a graça dispensada. É por isso que o Meu divino desejo é que venham
junto de ti muitas almas, todas as almas, se isso fosse possível. De ti Eu
deixo transparecer a Minha doçura, o Meu sorriso, tudo o que é Meu. Por ti e
junto de ti, receberão o toque da Minha divina graça; por ti Eu serei por muitos
amado, muito amado. Fiz e vou fazer de ti uma vida maravilhosa, uma vida de
prodígios. Coragem, muita coragem! És mãe da humanidade; a mãe dá vida e dá à
luz os seus filhos. Recebe agora a gota do Meu Sangue divino; sem ela não
vives, sem ela não resistes ao teu sofrer.
Jesus
tomou nas mãos o Seu divino Coração, uniu o centro do Dele ao centro do meu, e
pelo pequenino tubo passou Dele para mim, muito lentamente o Seu Sangue divino.
Foi como que um fogo que me abrasou toda; senti-me queimada, até o rosto me
ardia. Jesus levantou o Seu divino Coração e com o centro para cima deixou-o
por algum tempo, ligado ao meu. Nesta estreita união, depois de um pouco de
silêncio, enquanto que as labaredas continuavam a abrasarem-me, Ele disse-me:
― É
fogo, é fogo, é amor, é amor divino, Minha filha. Dois Corações num só Coração,
duas vidas numa só vida. É Jesus pela Sua crucificada a salvar o mundo. Acode-lhe,
acode-lhe, esposa querida; acode-lhe que é teu, entreguei-to, salva-o, ou salva
as almas, que aos corpos já não acodes, têm que ser castigados. Já não demora
sobre ele a justiça de Meu Pai. O mundo, o mundo, o pobre mundo, que não
atendeu à voz de Jesus, ao convite de oração, penitência, emenda de vida!
Coragem, coragem, Minha filha! Brada-lhe bem alto, convida-o para Mim. Dá-me
dor, vai para a tua cruz, acode às almas, é essas que Eu quero ver salvas. Vai
alegre para a cruz, vai espalhar o bem, vai infundir amor. Não temas as trevas,
não temas a tua ignorância. Sentes nada saberes dizer? É quando mais dizes,
mais luz dás aos que te estudam, já disso te preveni. Tem coragem! O tempo é
breve; bem depressa cantarás as glórias do teu Senhor. O Meu divino Coração
anseia por dar-te a tua Pátria, ver-te junto de Mim! Vai alegre, vai em paz,
vai cheia de amor, da vida divina.
― Obrigada,
obrigada, meu Jesus. Aceitai-me o meu sacrifício e todo o meu sofrer, e poupai
o mundo ao castigo.
Tenho tanta
pena de Jesus e tanta da pobre humanidade. Tanto a queria salvar! Custou-me
tanto ditar tudo isto. Sinto como se tudo fosse escrito com o sangue do meu
coração. Que Nosso Senhor me aceite as faltas das minhas forças, para que as
almas tenham força para não pecarem.
(Beata Alexandrina: Sentimentos da alma, 12 de
Dezembro de 1947 - Sexta-feira).
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