Lançaram-me a público sem consentimento meu...
Ó santa
obediência, como eu te amo por Jesus e pelas almas. Lançaram-me a público sem consentimento meu, de nada soube e
agora, meu Jesus, querem à custa da minha dor
apanhar as penas que o vento tão furioso espalhou!
Como, Jesus,
como? Ai, nunca mais, meu Jesus, nunca
mais. Oh! Quem me dera viver escondida; ai,
quem me dera amar-Vos como tanto
desejo ser Vossa, meu Jesus, a mais
não poder ser, mas perdoai, ó Jesus, perdoai-me, sem ter esta vida
assim! Ai, quantos que nada desta vida conhecem
e são santos, e eu, meu Jesus, cheia de misérias! Oh! que saudades dos
anos que já lá vão! Tantos colóquios tive convosco
e sem que nada se soubesse. Dava vidas, meu Jesus, dava mundos para viver escondida. Perdão, Jesus, querer, não tenho vontade. Meu Deus, se eu
soubesse que com o meu sofrimento a
Vossa consolação era completa!
Se eu pudesse viver fechada neste quartinho, sendo Vós, meu Jesus, e estas
pobres paredes testemunhas das minhas dores, sem que os meus e todos os que me são
queridos pudessem recordar
que eu vivia aqui e que em dia algum da vida
eu tenho vivido na companhia deles, então já não sofria. Mas vejo que
quem sofre mais é o Vosso divino Coração, e
que os que me são queridos sofrem comigo, não podem esquecer-me, então faz-me sofrer a mais não poder.
Quantas vezes não posso conter as lágrimas, cega, cega de dor! (S. 01-08-1944)
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