É vida que dá a vida, é dor que dá amor.
Espelho cristalíssimo onde toda a humanidade... |
— A dor que sofreste embelezou o céu, está adornado com ela, está escrita a letras de oiro e pedras preciosas. Está escrita também a ingratidão e a maldade dos homens contra ti e contra a minha divina causa. Espera-te um ano cheio de amarguras e também cheio de alegrias, por ti só experimentadas como sol brilhante que aparece para rapidamente se esconder entre as nuvens. Nada temas, é esta a tua vida. É vida que dá a vida, é dor que dá amor. Não te preocupes por nada veres do que fizeste, do que sofreste, do que amaste. Não sofreste, não deste, não amaste por ti, tudo me deste a mim. Nada poderás ver no mundo, tudo passou para a pátria celeste; tudo está de posse do teu Rei, do teu Esposo. Tudo verás, quando tiveres comigo o teu encontro eterno. Sofre tudo, aceita tudo com alegria. As tuas asinhas brancas, as tuas asas de alvura como a pombinha canseirosa voa ao longe à procura de alimento que dá a vida aos seus filhinhos. Tu és a vida das almas, a mãe dos pecadores, a rainha do mundo, a rainha do amor. Minha filha, espelho cristalíssimo onde toda a humanidade há-de ver-se e à tua imitação transformar-se. Anseio, anseio por te ver na minha Pátria, para que todo o mundo conheça e aprenda na tua vida, minha filha, escola sagrada das ciências divinas. Coragem, vida que dás a vida, dor que dás amor. Recebe o meu amor divino para levantar-te do teu desfalecimento e para receberes a vida de que vives.
O meu coração recebeu uma infusão de amor, senti as ânsias que Ele tinha de me ver no céu e senti as homenagens que os anjos davam a Jesus ao entoar-Lhe um prolongado hino de grande louvor e agradecimento. Ó quanto me custou separar-me de Jesus para viver aqui. Que diferença o céu da terra, o amor de Jesus do das criaturas.
(Sentimentos da alma, 5 de Janeiro de 1945)
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