PROFECIA ?…
Texto longo, a ler com a devida atenção, e o
pensamento que a Misericórdia divina é infinita. É útil dizer que o mesmo texto
não podia ser para os tempos da Beata Alexandrina – mesmo se a segunda guerra
mundial começara no dia 1 do mesmo mês de Setembro –, visto que a par ela, sua irmã
e o Padre Mariano Pinho, ninguém mais tinha conhecimento dos escritos dela. A pequena
frase “então principiará um mundo novo”, prova o que acabo de dizer acima.
Nosso Senhor dizia-me:
— A minha divina Voz irada é o canhão que
aterra as vítimas. Os males do mundo, os horrores, o castigo do pecado, é a
minha vingança é a minha divina Justiça desarmada sobre a terra. Mas não temas,
não é contigo, és inocente. Olha, quando a dor e a amargura vem pungir o
coração humano procuram desabafar com aqueles a quem mais amam mesmo que não
sejam culpados. O mesmo me acontece a Mim: sou o teu Jesus, venho desabafar
contigo. Olha, escreve já ao teu Paizinho, quero que ele pregue mas que diga
que sabe a certeza que foi Jesus quem o disse como se ele o tivesse ouvido dos
meus divinos Lábios. Se não se fizer penitência, se não houver renovação no
mundo, corações contritos e arrependidos, corações puros a principiar pelos
meus discípulos de quem tudo esperava e são os que mais mal me servem, que vai
ser tão grande o castigo, guerra, peste e fome que hão-de chegar os cristãos a
comerem-se uns aos outros. Não pouparei aldeias, vilas nem cidades: todo o
mundo será vítima do meu castigo. Tremenda vingança, que horas de angústia o
esperam. Será quase como no tempo de Noé, e então principiará um mundo novo.
Mas se fizer penitência e todo o mundo se renovar e se cumprir os meus divinos
Desejos virá a paz. Não te assustes, não te aflijas. Condói-te da dor e
amargura do meu divino Coração. Tem confiança: digo as coisas mais íntimas à
minha crucificada mais predilecta.
Dada a importância do “aviso”, Alexandrina parece – não duvidar – mas ter um certo receio, por isso se interroga e interroga o seu Director espiritual, o Padre Mariano Pinho.
Peço e volto a pedir luz ao divino Espírito
Santo para mim e para o meu Paizinho. Meu Deus, minha querida Mãezinha, eu não
me quero enganar nem enganar ninguém. Permita-me, meu Paizinho, este desabafo;
será verdade isto que eu digo? Não será ilusão minha? Ai, meu Jesus, meu Jesus,
que medo eu tenho. Eu não Vos quero desgostar, compadecei-Vos de mim: bem vedes
quanto isto faz sofrer. (Carta ao Padre Mariano Pinho, sj, de 6 de Setembro de 1939)
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