Como a muitas Santas e Santos, Bem-Aventuradas e
Bem-Aventurados que a Igreja venera, também à Beata Alexandrina, Jesus fez
promessas, uma das quais com pedido de devoção para toda a Igreja católica.
De facto, no dia 28 de Janeiro de 1949, Jesus transmitiu à
Beata Alexandrina esta mensagem importante:
«Minha filha, minha esposa querida, faz com que Eu seja
amado, consolado e reparado na minha Eucaristia. Diz em Meu Nome que todos aqueles que comungarem bem, com sincera
humildade, fervor e amor em seis primeiras quintas-feiras seguidas e junto do
Meu Sacrário passarem uma hora de adoração, e íntima união comigo lhes prometo
o Céu. É para honrarem pela Eucaristia as Minhas santas Chagas, honrando
primeiro a do Meu sagrado Ombro tão pouco lembrada. Quem isto fizer, quem
às Santas Chagas juntar as dores da minha Bendita Mãe, e em nome delas nos
pedirem graças, quer espirituais, quer corporais, Eu lhas prometo; a não ser
que sejam de prejuízo à sua alma. No momento da morte trarei comigo Minha Mãe
Santíssima para as defender.»
Podemos ver aqui um lembrete duma muito antiga devoção à
Chaga do ombro, já pedido há séculos a santa Gertrudes e a S. Bernardo de
Claraval.
Passar uma hora diante do sacrário para obter o Céu, é na
verdade uma grande, grande promessa que merece toda a nossa atenção.
Mas as promessas de Jesus não se ficam por aqui e devo dizer
que o médico da Alexandrina, o Dr. Augusto de Azevedo tem nelas uma parte muito
importante, como vamos ver a seguir:
No dia 4 de Novembro de 1944 — 3 anos após ter conhecido a
Doentinha de Balasar — Jesus afirma:
«Diz o teu médico, que
como prova do seu trabalho incansável lhe prometo o meu amor e a salvação a
todos os que são dele. Maior prémio ainda: prometo-lhe à hora da morte o
arrependimento das suas faltas, ficará puro, não irá sofrer ao purgatório,
passará a gozar o Céu.»
Jesus diz «a todos que são dele», referindo-se à esposa e
aos 14 filhos do casal.
Três anos mais tarde, em 6 de Setembro de 1947, Jesus volta
a prometer ao bom médico por intermédio da Alexandrina:
«Diz ao teu médico que
o Meu divino Coração anseia por o cobrir e encher a ele e a todos os seus de
novas graças e bênçãos. Diz-lhe que em tudo o prometo amparar e proteger. É
sempre o Meu divino amor sobre ele, quando o consolo ou faço sofrer.»
A 6 de Dezembro de 1947, após ter defendido, com unhas e
dentes, como se costuma dizer, a reputação da sua doente, Jesus promete-lhe
ainda:
«Diz, Minha filha, ao
Meu e teu queridíssimo médico que lhe dou o Meu profundo agradecimento pelo seu
acto de fortaleza, sem respeito humano para a Minha divina causa. Foi grande a
consolação que Me deu pela luz que levou a muitos corações. Como prémio desse
acto heróico dou-lhe todas as Minhas bênçãos e graças para ele e para os seus;
e prometo-lhe a fidelidade à graça e guiá-lo em todos os seus passos;
prometo-lhe a perseverança final e toda a luz do Espírito Santo.»
Mas o director espiritual nunca é esquecido e, para ele,
Jesus promete em 3 de Março de 1945:
«Diz, minha filha, ao
teu Paizinho que cai sempre sobre ele a abundância do meu amor. Que lhe prometo
todas as minhas graças em todas as suas obras. Diz-lhe que são estes os caminhos
dos que me são queridos, os caminhos dos meus eleitos.»
Nestes tempos o Padre Mariano Pinho sofria por causa de
ditos e mexericos que levaram os seus superiores a proibi-lo de se ocupar da
Alexandrina.
Mas à sua própria vítima, Jesus promete em 214 de Setembro
de 1945:
«Vou dar-me agora a ti
na Eucaristia. Como prova de que és a minha verdadeira crucificada, prometo-te,
minha filha, não deixar-te sexta-feira nenhuma sem me dar a ti, sacramentado,
ou pelas mãos dos meus discípulos ou pelos meus anjos ou eu mesmo, como agora
vou fazer.»
E esta promessa verificou-se numerosíssimas vezes.
Em 31 de Outubro de 1947, nova promessa:
«Ao terminar o teu
exílio, a tua dor, principia, Eu to prometo, Eu to prometo, como recompensa, a fazer
cair para a terra uma chuva de graças constantes que vão penetrar nas almas.»
E para terminar esta, que a meu ver é de capital
importância. Foi no dia 28 de Dezembro de 1945 que Jesus prometeu à
Alexandrina, ouçam bem:
«Prometo-te, minha
filha, depois da tua morte, a conversão de muitos pecadores junto do teu
túmulo.»
E na verdade, a qualquer hora do dia que se vá à igreja de
Balasar, sempre vemos numerosas pessoas a rezar diante do túmulo da Beata
Alexandrina.
Afonso Rocha
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