Alexandrina e o Coração de Jesus
Quantas e quantas
vezes, no decorrer dos anos, Jesus lhe apresentou o seu divino Coração como
abrigo, como refúgio contra os males do mundo…
— Minha filha, ó minha filha, vem cá. Dá-me
as tuas mãos. Vem para a barquinha do Meu Coração Divino. Por Mim és salva como
foram os meus apóstolos. Este mar é o mar das paixões, esta fúria tempestuosa é
a fúria louca dos vícios. (S. 30-04-1954)
E ainda:
— Vem, minha filha, vem viver de Mim,
fortalecer-te de Mim. Este mar é o mar dos vícios, é o mar das paixões. Não te
manchaste nelas. Fui buscar-te ao fundo para te dar conforto e levantar-te de
tal desfalecimento. Tu vais a este mar de vícios sem conta e de toda a espécie
buscar as almas e trazê-las ao meu Divino Coração. (S. 21-05-1954)
Mas, a
Alexandrina tinha sempre presente a sua missão: salvar as almas e, a sua
resposta ao Senhor é clara e demonstra a sua coragem no desempenho da mesma
missão:
— Vós não Vos cansais, Jesus. Perdoai a
todos. Lembro-Vos as minhas intenções. (S. 26-03-1954)
Provavelmente,
por isso mesmo, para a “premiar” pela coragem que demonstra, Jesus também lhe
mostra o seu amor, o seu carinho, como aqui:
— Aceita, no dia do meu Divino Coração,
dou-te, renovo-te a oferta do meu Divino Coração. Tudo quanto ele tem é teu:
riquezas, amor, misericórdia e perdão. Por ti tudo será dado às almas. És o
segundo canal por onde passa para o mundo tudo o que é meu. (S. 25-06-1954)
Jesus ama a
Alexandrina – a maior alma vítima, como Ele mesmo o disse – e porque a ama
muito, exprime-se como o esposo do Cântico dos Cânticos:
— Minha filha, as minhas delícias eram estar
no teu coração, fazer-te gozar e viver na mesma alegria comigo. As almas, as
almas, o mundo assim o exigem. Oh! Se eu tivesse mais almas vítimas que se
dessem por Mim e por elas como a vítima deste calvário!...
Quero vítimas, quero vítimas! (S. 06-08-1954)
Durante este mês
de Junho, vamos portanto meditar sobre os textos – muito numerosos! – em que se
fala do Coração de Jesus.