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quarta-feira, junho 09, 2021

OUVIA UMAS HARMONIAS SUAVES

Aparição de Maria


Em alguns dias precedentes eu ouvia umas harmonias muito suaves, como toques de acordes de instrumentos celestes, executando música angélica; e apreciando a doçura dessa música divina, eu esquecia-me do mundo e da vida terrena, perdia a noção de mim própria e parece que passava a viver numa região estranha onde tudo é ventura inefável.

Foi então que no dia 9 de Junho de 1942, pelas 13 horas, me apareceu sobre a cama descendo do Céu a figura deslumbrante da Mãezinha que parece se fixou em minha frente um pouco para a minha esquerda. Vestia ricos vestidos brilhantes, de cores variadas, trazia os pés nus, chegou-se a mim para me acariciar e com sua mão direita apontou para o Céu. Parecia comovida com o meu sofrimento a prometer-me a recompensa e a inspirar-me confiança. O trono em que veio era brilhantíssimo como ouro pálido em que o sol projectava os seus mais brilhantes raios. Foi inefável a consolação que me deixou a primeira aparição. (Alexandrina Maria da Costa: 09-06-1942)

terça-feira, junho 08, 2021

VINDE, MEU BOM JESUS

Vivei em mim como eu desejo viver convosco


No dia dois [de Junho], depois das nove horas da noite, estava eu a fazer a oferta de tudo o que se passasse em mim durante a noite como actos de amor a Nosso Senhor Sacramentado. Fazia-o mais com o pensamento do que com os lábios porque não podia. Eu disse ao meu Jesus se fosse da Vossa Vontade eu ficar convosco nos vossos sacrários durante esta noite! Sim antes queria fazer companhia a Nosso Senhor do que dormir. E dizia também: “Vinde meu bom Jesus e vivei em mim como eu desejo viver convosco; operai em mim tantas graças como se eu vos recebesse sacramentalmente.” Principiei então a sentir a presença de Nosso Senhor em mim. (Alexandrina Maria da Costa: Carta ao Padre Mariano Pinho: 06-06-1935)

quarta-feira, junho 02, 2021

MÊS DE JUNHO

Alexandrina e o Coração de Jesus


Quantas e quantas vezes, no decorrer dos anos, Jesus lhe apresentou o seu divino Coração como abrigo, como refúgio contra os males do mundo…

— Minha filha, ó minha filha, vem cá. Dá-me as tuas mãos. Vem para a barquinha do Meu Coração Divino. Por Mim és salva como foram os meus apóstolos. Este mar é o mar das paixões, esta fúria tempestuosa é a fúria louca dos vícios. (S. 30-04-1954)

E ainda:

— Vem, minha filha, vem viver de Mim, fortalecer-te de Mim. Este mar é o mar dos vícios, é o mar das paixões. Não te manchaste nelas. Fui buscar-te ao fundo para te dar conforto e levantar-te de tal desfalecimento. Tu vais a este mar de vícios sem conta e de toda a espécie buscar as almas e trazê-las ao meu Divino Coração. (S. 21-05-1954)

Mas, a Alexandrina tinha sempre presente a sua missão: salvar as almas e, a sua resposta ao Senhor é clara e demonstra a sua coragem no desempenho da mesma missão:

— Vós não Vos cansais, Jesus. Perdoai a todos. Lembro-Vos as minhas intenções. (S. 26-03-1954)

Provavelmente, por isso mesmo, para a “premiar” pela coragem que demonstra, Jesus também lhe mostra o seu amor, o seu carinho, como aqui:

— Aceita, no dia do meu Divino Coração, dou-te, renovo-te a oferta do meu Divino Coração. Tudo quanto ele tem é teu: riquezas, amor, misericórdia e perdão. Por ti tudo será dado às almas. És o segundo canal por onde passa para o mundo tudo o que é meu. (S. 25-06-1954)

Jesus ama a Alexandrina – a maior alma vítima, como Ele mesmo o disse – e porque a ama muito, exprime-se como o esposo do Cântico dos Cânticos:

— Minha filha, as minhas delícias eram estar no teu coração, fazer-te gozar e viver na mesma alegria comigo. As almas, as almas, o mundo assim o exigem. Oh! Se eu tivesse mais almas vítimas que se dessem por Mim e por elas como a vítima deste calvário!... Quero vítimas, quero vítimas! (S. 06-08-1954)

Durante este mês de Junho, vamos portanto meditar sobre os textos – muito numerosos! – em que se fala do Coração de Jesus.

terça-feira, junho 01, 2021

SÓ VOS FOSTES A MINHA FORÇA

A grandeza é Vossa, a miséria é minha


O mês de Junho é o mês do Sagrado Coração de Jesus!

Neste mês, mais do que em qualquer outro do ano, as almas e os corações dos fiéis sentem uma maior atracção por esta Fonte de amor que é o Coração do nosso Deus, na pessoa de Jesus Cristo, nosso Salvador e Redentor.

É também neste mês de Junho que mais nos tornamos para a devoção mais do que milenária a este Coração que tanto ama os homens e que deles recebe tantos ultrajes e tantas blasfémias, justamente para reparar esses pecados de lesa-majestade, dos quais Jesus se queixou à sua serva, Santa Margarida Maria de Alacoque e, mais perto de nós à Beata Maria do Divino Coração e mais particularmente ainda à nossa tão querida Alexandrina Maria da Costa.

E foi justamente a esta que Jesus disse um dia, como para nos tranquilizar:

— Coragem a todos, o que é de Deus não morre; é certo o triunfo. Vou dar-te o sangue do meu divino Coração, a minha vida divina da qual só vives e dás às almas. (S. 06-01-1945)

Alexandrina estava sempre muito atenta à mais pequena munição do Senhor e tudo fazia para o consolar, para em tudo fazer a sua divina vontade. Um dia – em Janeiro de 1953 – Jesus agradeceu-lhe este zelo, o que a surpreendeu e a levou a exclamar humildemente:

– Ó Jesus, não tendes que agradecer a esta miserável filhinha. Sofri muito. Não fui eu, Jesus, fostes Vós no meu corpo. Só Vós fostes a minha força. Dei-Vos muito, meu Amor? Não Vos dei nada do que era meu: dei-Vos o que era Vosso. Sou eu, Jesus, sou eu a agradecer. O meu eterno “obrigada”, Jesus. (S. 02-01-1953)

Mas Jesus já antes, a 30 de Março de 1945, dia do aniversário da Alexandrina, lhe tinha agradecido e até mesmo apresentado as suas congratulações pelo dito aniversário. A resposta da Alexandrina, também foi cheia de humildade e de filial submissão à divina Vontade:

– Falai, falai, meu Jesus, são para Vós as felicitações, as saudações e os louvores. O que faço eu sem Vós, meu Jesus? O que sou eu sem Vós? Podeis dizer, podeis falar, a grandeza é Vossa, a miséria é minha. (S. 30-03-1945)