A grandeza é Vossa, a miséria é minha
Neste mês, mais
do que em qualquer outro do ano, as almas e os corações dos fiéis sentem uma
maior atracção por esta Fonte de amor que é o Coração do nosso Deus, na pessoa
de Jesus Cristo, nosso Salvador e Redentor.
É também neste
mês de Junho que mais nos tornamos para a devoção mais do que milenária a este
Coração que tanto ama os homens e que deles recebe tantos ultrajes e tantas
blasfémias, justamente para reparar esses pecados de lesa-majestade, dos quais Jesus se queixou à sua serva, Santa
Margarida Maria de Alacoque e, mais perto de nós à Beata Maria do Divino
Coração e mais particularmente ainda à nossa tão querida Alexandrina Maria da
Costa.
E foi justamente
a esta que Jesus disse um dia, como para nos tranquilizar:
— Coragem a todos,
o que é de Deus não morre; é certo o triunfo. Vou dar-te o sangue do meu divino
Coração, a minha vida divina da qual só vives e dás às almas. (S. 06-01-1945)
Alexandrina
estava sempre muito atenta à mais pequena munição do Senhor e tudo fazia para o
consolar, para em tudo fazer a sua divina vontade. Um dia – em Janeiro de 1953
– Jesus agradeceu-lhe este zelo, o que a surpreendeu e a levou a exclamar
humildemente:
– Ó Jesus, não tendes que agradecer a esta
miserável filhinha. Sofri muito. Não fui eu, Jesus, fostes Vós no meu corpo. Só
Vós fostes a minha força. Dei-Vos muito, meu Amor? Não Vos dei nada do que era meu:
dei-Vos o que era Vosso. Sou eu, Jesus, sou eu a agradecer. O meu eterno
“obrigada”, Jesus. (S. 02-01-1953)
Mas Jesus já
antes, a 30 de Março de 1945, dia do aniversário da Alexandrina, lhe tinha
agradecido e até mesmo apresentado as suas congratulações pelo dito
aniversário. A resposta da Alexandrina, também foi cheia de humildade e de
filial submissão à divina Vontade:
– Falai, falai, meu Jesus,
são para Vós as felicitações, as saudações e os louvores. O que faço eu sem
Vós, meu Jesus? O que sou eu sem Vós? Podeis dizer, podeis falar, a grandeza é
Vossa, a miséria é minha. (S. 30-03-1945)
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