― É bálsamo divino, é bálsamo de amor.
Depois de outro intervalo de tempo, continuou o meu Jesus.
— Minha filha, vítima inigualável, continua a dar ao teu Jesus toda a dor, sempre alegre na tua cruz. Que podridão a do mundo! Que ingratidão a da almas! Para mais aumentar o meu sofrimento, juntam-se a tudo isto os crimes dos sacerdotes. Sofre, ora, repara por eles. Meu Eterno Pai quer incendiar com o fogo da Sua divina justiça as praias, cinemas, casas de jogo e de pecado. Sofre, sofre, repara.
― Jesus, Jesus sou a Vossa vítima, imolai-me Convosco no santo sacrifício, nos santos altares. Fazei Vós a oferta ao vosso Pai para aplacar a Sua justiça divina.
― Recebe, Minha filha, a gota do Meu divino Sangue, a vida do teu corpo, a vida da tua alma, a vida das tuas almas; recebe-a sempre pelo mesmo tubo de amor.
Jesus introduziu o tubo no meu coração, e, e antes de colocar o Dele sobre o tubo, bafejou-me por ele com os Seus divinos lábios, e dizia-me:
― É bálsamo divino, é bálsamo de amor.
Depois colocou em cima o Seu divino Coração, a gotinha do Sangue caiu dentro do meu, fez-mo encher e viver mais fortemente. Jesus voltou, de novo, a acalentar-me, para assim poder resistir a tanta fortaleza do Seu divino amor. Após uns momentos, ficou na cruz. Mesmo assim chagado, a sofrer, todo Ele era amor. De todas as Suas chagas saíam sois brilhantes. O Seu Santíssimo rosto resplandecia de luz. Jesus era todo dor e amor.
― Minha filha, Minha amada filha, a tua cruz já te espera. Imita-Me; sofre e ama ao mesmo tempo. Ama o Meu divino Coração, ama as almas, acode-lhes. Repara, repara as ofensas, que Me são feitas. Fita-Me na cruz, vive à Minha semelhança. Semeia, dá esta vida, a tua sementeira dará frutos brilhantes. Sofres com Jesus, semeias com Jesus, colhes com Jesus. Coragem, filha querida, vai em paz, cheia de confiança. O Senhor é contigo. Não te enganas; és sempre a nova redentora das almas.
― Obrigada, meu terno e doce Jesus; sede comigo, não me deixeis cair no desfalecimento, e deixai-me confiar em Vós. Vou contente para a cruz. Ai de mim, sem a Vossa graça!
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(Beata Alexandrina: Sentimentos da alma, 25 de Julho de 1947 - Sexta-feira)
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