Jesus abriu-me o Seu divino Coração
Que mágoa para o meu divino coração e que mal para as almas. Dou todas as graças, dou todo o remédio para as salvar, e tudo é desprezado, não olham à minha dor nem à minha divina vontade.
— Meu Jesus, não estejais triste, dai-me a Vossa tristeza, dai-me toda a dor do Vosso divino Coração. Não posso consentir no Vosso sofrimento. Conheço a loucura do Vosso amor pelas almas; aqui me tendes pronta a sofrer por elas, a dar a vida por elas. Ficais assim consolado, meu Jesus? Deixai os homens ferir o meu coração para assim Vos poder salvar mais almas. Mas não consintais que o Vosso seja ferido.
— Não, não, minha filha, não, não, minha amada, não posso consentir que esta cegueira se prolongue. A luz vai brilhar, a minha divina causa triunfa estrondosa e brilhante. É necessário, é urgente, as almas necessitam de conhecer as minhas maravilhas e de aprender em ti a amarem o meu divino coração, a amarem tudo o que é meu, amarem a dor e a cruz que lhes dou. Filhinha, filhinha, dor e amor sem igual, descansa em meu coração como eu descansei no teu. Descansou o rei no seu trono, no palácio da sua Alexandrina. Descansa a rainha no trono do seu rei, no palácio do seu Jesus.
Jesus abriu-me o Seu divino Coração, eu entrei e inclinei-me a Ele, n’Ele descansei. O meu Jesus cobriu-me de beijos e carícias e apertou-me com tanta força e com tanto amor que me parecia perder-me nesse amor e nesse amor morrer. Ai, que dita a minha morrer de amor e dentro do Coração do meu amado Jesus. Como será a morte que me dá a vida eterna?
— Ó meu Jesus, fazei que seja de amor, só de amor.
(Beata Alexandrina: Sentimentos da alma, 16 de Fevereiro de 1945)
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