Vi pela primeira vez benzer o pão que viria a ser a nossa Eucaristia
Na tarde de ontem [quinta-feira], eu senti e vi Jesus numa grande amargura, com a Sua Sacrossanta Cabeça apoiada nas Suas Santíssimas mãos, em profundo silêncio. A seguir levantou os Seus divinos olhos, fitou a cidade representada dentro de mim; chorou, chorou sobre ela. Pouco depois, vi pela segunda vez a figueira reverdecida, e depois já seca sem uma folha ao menos. Essa figueira saía por entre um montinho de pedras. Vi ao mesmo lado que a vi pela primeira vez. Depois da ceia de Jesus com os Seus Apóstolos, vi pela primeira vez benzer o pão que viria a ser a nossa Eucaristia. Que encanto! O Seu Santíssimo Rosto era só luz, parecia que só fogo a rodeava, com os olhos encantadores fitos no Céu a um sorriso doce abençoava o pão, que pouco depois por todos distribuía. Quando Judas O recebeu, tornou-se ainda mais desesperado; já não parecia homem, mas sim um demónio. Jesus falava sempre com a mesma doçura e meigos sorrisos. Ainda foi ao Horto, receber o beijo do infeliz traidor, depois de ter suado sangue e sentir todo o Horto estremecer, sobretudo quando foi preso Jesus. Segui com Ele e com Ele fui espancada.
(Beata Alexandrina : Sentimentos da alma, 11 de Abril de 1947 - Sexta-feira).
Sem comentários:
Enviar um comentário