Manjar divino…
Ontem [quinta-feira], com todo este sofrer e a visão do Horto estava desolada e sem nenhuma vida. Senti e vi com os olhos da alma Jesus em tamanho natural, cravado na cruz e dela desprendeu os Seus Santíssimos braços para me abraçar; ficou preso à cruz só pelos cravos, que Lhe cravavam os pés. Com este abraço de Jesus levantei-me, fiquei com a alma mais forte. Veio a hora da ceia. Vi Jesus sentar-se à mesa com os Seus Apóstolos e ao sentar-se falou para Si o Seu divino Coração. Manjar divino; a ceia do Meu amor. Todo o aposento se iluminou e todos os Apóstolos ficaram embebidos naquele amor, que Jesus irradiava pelos Seus divinos olhos, lábios e todo o Seu ser, porque todo Ele era amor. Só Judas desesperado, com o demónio nele e o fogo infernal, já não recebeu o amor de Jesus. Como Ele amava, sofria e sorria! Como via tudo o que O esperava. Dali fui para o Horto; senti o romper das veias, as lágrimas de sangue, toda a agonia. Quando Jesus foi preso, vi Judas em atitude desesperadora a cravar no Coração divino de Jesus, que estava dentro em meu peito um grande e agudíssimo punhal. Por aquela grande ferida saíam raios doirados. Com o punhal cravado e a espalhar amor, assim foi Jesus para a prisão.
(Beata Alexandrina : Sentimentos da alma, 25 de Julho de 1947 - Sexta-feira).
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