Meu Jesus, usai de compaixão
Tomou em Suas divinas mãos o meu coração e fez dele uma grande bola que momentos depois colocou no lugar do coração. E disse-me:
– Minha filha, o teu coração é uma bola de amor. Ama-me, ama-me, ama-me pelo mundo que não me ama. Ama-me, ama-me, ama-me por aquelas almas que deviam amar, e de quem eu esperava amor. Tu és louca de amor por mim, és louca de amor às almas. E sabes, minha pomba bela, por que as amas? Ama-las, porque são minhas e amas aquilo que é meu. Queria-te no céu, minha louquinha, mas necessito tanto de ti aqui.
– Se me quereis lá, Jesus, juntai aos meus desejos os Vossos. Não Vos digo mais nada, porque Vos prometi não Vos pedir o céu.
– Ó coração de oiro, fontanário de amor, aceitei o teu sacrifício. Tem coragem! Eu dou-te o céu em breve mesmo sem mo pedires. Estou à espera da vontade dos homens. Mas sabes por que necessito de ti aqui? Para consolares o meu Divino Coração, para curares as minhas chagas. Vês como estou tão ferido, tão cercado de espinhos? São os pecados, são os crimes do mundo.
Jesus mostrou-me as chagas dos Seus santíssimos pés e mãos e a sacrossanta cabeça e Coração cercado de espinhos, todo Ele eram feridas e sangue.
– A tua dor, minha filha, é o bálsamo das minhas feridas. Repara, sofre contente. Para a tua missão, missão dos pecadores, missão de amor, não precisava na terra; desempenha-la no céu. Tudo vais receber do trono divino, tudo passará para ti das mãos da minha bendita Mãe, para espalhares pela terra, para fazeres chover sobre as almas as riquezas, fruto da tua dor. É por ti que o mundo receberá as bênçãos e graças do Senhor. Eu precisava de usar do azorrague como usei no Templo e já usei com o azorrague da minha justiça divina e ainda usarei mais, castigarei severamente aqueles que se opõem à minha causa divina.
– Meu Jesus, usai de compaixão, não os castigueis; antes movei-lhes o coração.
(Beata Alexandrina Maria da Costa: Sentimentos da alma, 22 de junho de 1945).
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