Que confusão a minha quando recebi das mãos de Jesus os Seus Corações a arder de amor e no mesmo instante o meu juntar-se a Eles. Estavam como a avezinhas no ninho, de biquinhos abertos, sequiosos e famintas. Fiquei com os corações na minha mão, dentro duma taça doirada.― Diz, Minha filha ao teu Paizinho que todo este amor lhe pertence. Para grande mestre das grandes almas, ele terá sempre para tudo toda a luz do Divino Espírito Santo; e em tudo quanto fizer, não erra; será sempre iluminado e guiado por Ele. Dá-lhe o meu Divino Coração e O da Minha Bendita Mãe, cheios de amor, coragem e confiança. Diz-lhe que estou com ele, e não lhe falto e que é assim que Eu trato as almas que escolho inteiramente para Mim. Diz ao teu médico (que o fiz procurador da Minha divina causa. Que continue a desempenhar a sua missão. Estou contente com ele. Eu encaminho as coisas, guio seus passos, para ele em tudo fazer a Minha divina vontade. Dá-lhe todo o Meu amor com o da Minha Mãe Bendita, na certeza que terá sempre a Nossa protecção em todas as coisas, para ele e para todos os que mais ligados estão por laços de amor no seu coração. Diz-lhe que a prova de quanto o amo está em pô-lo à frente de cuidar daquele que tem na terra a mais alta e sublime missão.) O mesmo digo para aqueles que com ele trabalham, te rodeiam, amparam e cuidam de ti: isto é, para todos aqueles a quem tu mais amas e mais intimamente tens em teu coração. O sinal mais certo de que Jesus e Maria muito as amam é tu amá-los também. Vem, Minha Mãe Bendita, consolar com o teu carinho a nossa filhinha e desabafar com ela as tuas mágoas.
Veio a Mãezinha, na mão direita trazia o Seu Santíssimo Coração e na esquerda o manto; entregou-me tudo e disse-me:
― Minha filha, à semelhança do meu divino Filho, entrego-te o Meu Santíssimo Coração com a chave; abre e fecha dentro dele as almas, para que elas do meu passem ao de Jesus. Eu estou triste com os crimes da humanidade. Há tanta imodéstia! O pecado da carne leva tantas almas às portas do inferno! Há tantas infidelidades nos casados! Que desonestidade! E contra mim são proferidas tantas blasfémias! Negam a Minha Virgindade, negam a Minha dignidade de Mãe de Deus. Promete consolar-Me! Pega o meu manto, cobre com ele o mundo, salva-o que é Meu filho.
― Prometo, Mãezinha, com a graça de Jesus fazer tudo para consolar-Vos e reparar tão grandes crimes.
Veio Jesus, e eu fiquei entre os dois. A Mãezinha beijou-me, abraçou-me, acariciou-me com Jesus. Os nossos rostos e lábios estavam unidos, como unidos tinham estado os nossos corações. Recebi força, recebi amor. Jesus acrescentou: tudo isto farei que transpareça em ti.
― Vai, pomba branca; vai alma fiel, vai tesoureira das riquezas divinas; vai distribuir pelo mundo, vai semear as flores do jardim celeste, nascidas e florescentes em ti. Coragem , coragem!
― Obrigada, meu Jesus; obrigada Mãezinha.
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(Beata Alexandrina: Sentimentos da alma, 7 de Junho de 1947 - Primeiro sábado)

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