Venham uns provar e outros aprender
Eu subia o meu
calvário e sobre os meus ombros levava a cruz. Os meus olhos não queriam ver os
horrores das misérias que sentia; cerrei-os a tudo. Subi a encosta com todo o
sofrimento, mas com todo o amor para dar a vida. Sempre a sentir o peito e o
coração abertos com a imensidade dos crimes, fui crucificada; e não cessei mais
o meu brado ao céu: Socorro! Socorro! Veio Jesus, fortificou-me, aqueceu-me e
disse:
— Venham os
sábios e os que se dizem sábios ao livro das maiores maravilhas, de todas as
maravilhas, de todas as ciências divinas. Venham uns provar e outros aprender o
que é a alma vítima, os prodígios da graça e a acção de Jesus em sua alma.
Coragem, minha filhinha! O que sentes em ti são meios de salvação. Tu recebeste
o meu divino amor com toda a abundância. O que hoje sentes em ti também eu o
senti no meu calvário. O que dentro de ti se levantou e o teu coração ferido
são os crimes da humanidade, de verdade não podem aumentar mais. (Alexandrina
Maria da Costa: 08-06-1945)
Na imagem:
A beata Alexandrina e Monsenhor Mendes do Carmo.
Sem comentários:
Enviar um comentário