Bendita seja a minha cruz!
Pensava hoje amar
tanto, tanto, o meu Jesus! Pedi-Lhe no dia do Seu Divino Coração todo o Seu
amor até me perder nele. E não fui capaz de O amar e nada soube dizer-Lhe.
Esperava até, ao recebê-Lo, ouvir d’Ele umas palavrinhas, mas nada ouvi. Fiz a
preparação friamente, recebi-O como a um estranho, não sei falar-Lhe. Pedi-Lhe
amor, mas, não sei como, não tinha nada de meu para receber e depositar esse
amor. Sofro por ditar os sentimentos da minha alma e sofro por não os saber
ditar. Bendita seja a minha cruz! Hoje sofro como nunca sofri. Logo após a
comunhão, levantou-se em mim um mundo de tantas maldades, de tantos crimes. Pareceu-me
que me abriram o peito, subiram tão alto, chegaram ao céu, feriram o Coração de
Jesus. Estas maldades, que atingiram a maior altura, caem por todos os lados,
encobrem o mundo, tiram-lhe a vida. E, assim, tenho passado as horas com o
peito aberto, o coração ferido sem nada poder fazer. Jesus não pode mais. (Alexandrina
Maria da Costa: 08-06-1945)
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