Eu já tinha sofrido tanto!
O demónio
principiou de novo com as suas ameaças. Ontem à noite, quando rezávamos, ele
veio atormentar o meu espírito, abanar-me com a cama, até ser notado por
alguém; e bailava de contentamento. E eu já tinha sofrido tanto! Tive um dia
tão cheio de espinhos! Oh! quanto se sofre! Oh! agonias das almas que não sois
compreendidas! E eu sozinha e só miséria. Jesus espreme e tira para Si toda a
substância. Em nada, mesmo em nada, tenho alegria. Que Ele se alegre e console
nesta noite, nestas trevas do meu espírito. Elas surgem cada vez mais;
infundo-me nelas e momento a momento mais tenho que atravessar. Hoje revivi,
momento a momento, pormenor por pormenor, a minha ida para a Foz. Dois anos são
passados. Foi um painel que se apresentou à minha frente, passei hoje novamente
por tudo. Eu dizia para mim mesma:
— Por quem
obedeci? Por quem sofri tudo isto? Só por Jesus e pelas almas. (Alexandrina Maria da Costa: 10-06-1945)
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