quinta-feira, junho 10, 2021

EM NADA, MESMO NADA TENHO ALEGRIA

Eu já tinha sofrido tanto!


O demónio principiou de novo com as suas ameaças. Ontem à noite, quando rezávamos, ele veio atormentar o meu espírito, abanar-me com a cama, até ser notado por alguém; e bailava de contentamento. E eu já tinha sofrido tanto! Tive um dia tão cheio de espinhos! Oh! quanto se sofre! Oh! agonias das almas que não sois compreendidas! E eu sozinha e só miséria. Jesus espreme e tira para Si toda a substância. Em nada, mesmo em nada, tenho alegria. Que Ele se alegre e console nesta noite, nestas trevas do meu espírito. Elas surgem cada vez mais; infundo-me nelas e momento a momento mais tenho que atravessar. Hoje revivi, momento a momento, pormenor por pormenor, a minha ida para a Foz. Dois anos são passados. Foi um painel que se apresentou à minha frente, passei hoje novamente por tudo. Eu dizia para mim mesma:

— Por quem obedeci? Por quem sofri tudo isto? Só por Jesus e pelas almas. (Alexandrina Maria da Costa: 10-06-1945)

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