― Tem sempre nele, Minha filha, aceso o fogo do teu amor
― Meu Jesus, meu Jesus, lembrai-Vos do Vosso amor, da Vossa misericórdia, e, como do alto da cruz, dizei agora ao Vosso Eterno Pai: perdoai-lhes, que não sabem o que fazem. Perdão, meu Jesus, perdão; quero acudir às almas, quero acudir aos corpos, quero sofrer e amar por todos; sou a Vossa vítima, meu Jesus. Estai sempre em meu coração, para ser este ferido e não Vós.
― Tem sempre nele, Minha filha, aceso o fogo do teu amor, da tua caridade de todas as tuas virtudes; quero ser nele abrasado. Deixa, esposa querida, grande heroína, estarem sempre em ti bem gravadas as Minhas divinas chagas e espinhos, que Me ferem. Para viveres e resistires à dor, recebe a gota do Meu divino Sangue; sou Eu mesmo o enfermeiro a introduzir o tubo em teu coração.
Jesus colocou-o, e sobre ele colocou o Seu Coração divino, para a gotinha do sangue cair.
― Vai dar esta vida, vai acudir às almas.
― Não a sei viver, meu Jesus, nem a sei distribuir. Eu só queria esconder-me e não aparecer mais. Não sei se estou a fazer bem ou mal, nem de que forma Vos dou mais glória, sozinha ou recebendo a quem vem? Que medo eu tenho de viver e de me enganar e perder a união Convosco.
― Bem escondida estás, Minha filha, dentro em Meu divino Coração. Nada temas, porque estou contigo. Não te enganas nem perdes a união Comigo. Quero que faças o sacrifício, recebendo quantos vierem, tenho-te aqui por isso. Quantas pessoas receberes, são outras tantas almas que têm o Céu certo. Quantas delas compreendem a tua vida de união, a tua vida íntima Comigo, e, compreendendo-a, aprendem-na, e principiam a vivê-la. Coragem, coragem, mensageira de Jesus, mestra das ciências e maravilhas divinas. Coragem; vai para a cruz que te espera; bem pouco será o tempo que viverás nela. O Céu espera-te, o Céu espera-te, Minha amada filha.
― Obrigada, obrigada, meu Jesus. Vou para a cruz e vou contente; vinde comigo para ela, não para sofreres, mas para me dares a Vossa força divina. Vinde, vinde, meu Jesus: sem Vós nada posso. Obrigada, meu Jesus; sempre o meu eterno obrigada.
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(Beata Alexandrina: Sentimentos da alma, 11 de Julho de 1947 - Sexta-feira)
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