O meu coração dava estalos…
O meu coração
dava estalos estrondosos, só a morte podia causar
tão grande sofrimento. Ao meu brado de agonia, veio Jesus.
— Não pecas, não morres, minha esposa amada. A morte que
sentes não é real, a tua morte dá a vida, vida de pureza, vida de amor. Se
soubesses o valor desta reparação! Levanta-te, toma o teu lugar, sou o teu Jesus,
tenho poder para o fazer, assim como tive
poder para mandar levantar e caminhar os mortos.
Já nas minhas almofadas, Ele estreitou-me ao Seu Divino Coração, acariciou-me e beijou-me.
— Se o mundo
conhecesse, minha filha, o que é a vida do amor divino!
Dito isto,
senti-me sozinha, confortada, sim, e só em ânsias de consolar o meu Jesus, mas logo mergulhada num mar imenso de
dor. De vez em quando a receber espinhos, que vêm cercar o meu coração, e continuamente
a ser esmagada por desgostos e humilhações. Esperava receber um pouquinho de
alegria, não por mim, mas por ver os meus contentes. Jesus não o permitiu, tirou-me a ocasião dessa alegria, desse
bocadinho de consolação que eu queria sentir. Ao ver que Jesus me tirava tudo,
não tive outras palavras a não ser repetir muitas vezes:
— Bendito
seja o Senhor, a Sua santíssima vontade se faça.
Ó meu Jesus, aceitai a consolação e alegria que eu poderia sentir, seja ela consolação e alegria para
Vós. Aceitai a alegria e aquele regozijo que eu
poderia ver entre os que me são queridos. Seja tudo pela salvação das
almas. (S. 13-02-1945.
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