No teu corpo cresceram açucenas…
— Minha
filha, no teu corpo crescem açucenas tenras e viçosas,
abrem as suas pétalas e com a aragem que passa estendem ao longe o seu
perfume, vicejam em prado mimoso; fazem
sombra ao mundo que te confiei. Ditosos todos aqueles que estão à sua
sombra, ao teu abrigo se colocaram.
Causa espanto a tua vida, as minhas maravilhas em ti. Não há igual, porque
igual não há ao teu sofrimento. Tu partes para o céu. Coragem, ele aproxima-se. Tantos te
verão partir com amor e saudade e quantos
com remorso e dor por terem sido causa
do teu martírio, por terem servido de estorvo à minha divina causa, por tentarem encobrir ao mundo as minhas maravilhas em ti. Rastejam pela
terra, não olham ao alto, não
compreendem, nem procuram compreender
a minha vida divina, apesar de eu em todos os caminhos lhes pôr um guia
e uma luz. Fecham os olhos, deixam os guias, seguem caminhos errados. Que mágoa
para o meu divino coração e que mal para as
almas. Dou todas as graças, dou todo o remédio para as salvar, e tudo é
desprezado, não olham à minha dor nem à minha divina vontade. (S. 16-02-1945)
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