Quando a Alexandrina representa a humanidade pecadora…
Quando me parecia
pecar tão sacrilegamente, via que todo o meu ser era inferno, e que não podia
dar nem um único passo à frente, porque logo ficava sepultada em horrorosos tormentos
e fogo. Foi quando escorreguei e fui salva só pelos braços e não sei por quem.
Fiquei fora, mas tanto à beirinha que ao mais pequenino movimento voltava a
cair.
Sem pensar nisso,
sem nenhum temor, continuei na mesma vida leviana e criminosa. Se por um lado
sentia uma dor infinita, por outro revoltava-me contra essa dor e tentava aumentá-la
ainda mais, com os meus loucos desvarios. Jesus fora do meu coração, perseguido
por mim, que Lhe renovava toda a Paixão e Morte, chorava, e fitando-me com os
Seus olhares terníssimos, mas o mais doloroso que se possa imaginar, bradou-me
:
― Ainda não
estás satisfeita? Não acabas de Me ofender? Pensa quanto te amei, quanto sofri
por ti e para a missão que te escolhi. (S. 04-04-1952)
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