Ó Jesus, eu creio em Vós, confio em Vós !
Este pensamento [de trocar todas as alegrias pelas almas]
vibrou dentro de mim, acendeu uns desejos mais firmes de caminhar por entre
espinhos, banhada em sangue, só em sangue. Deu-me um conhecimento claro do que
é Jesus e do que é o mundo. Meu Deus, levanto-me aqui para cair além. A luta
continua. Sinto saudades da minha crucifixão das sextas-feiras, temo os
primeiros sábados, temo qualquer dia ou hora, meu Jesus, em que Vos dignastes
falar-me. Não será isto perfeito ? Tende pena, tende dó. Temo a minha fraqueza,
temo vacilar, horroriza-me o sofrimento, mas confio em Vós. O meu querer é o
Vosso, meu Jesus. Que estou aqui a fazer ? Não permitais que eu seja a desgraça
das almas. Preocupa-me tanto dizer-se que só certas coisas são precisas para
tranquilização delas. Ó Jesus, espero em Vós, confio em Vós. Sossegai a minha
pobre alma. Passaram-se algumas horas. Ia alta, bem alta a noite. Tudo em casa
estava em descanso, só a minha dor, a minha tremenda luta continuava. Veio de
repente Jesus, estreitou-me em chamas de amor (S. 10-08-1944).
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