A minha dor é infinita
O meu coração
cuida dela (da seara), rega-a toda com o seu sangue, para mais fundo penetrarem
as suas raízes.
Continuo a dar ao
Senhor a reparação que penso ser Ele que ma pede. Custa-me tanto! É pavorosa a
luta. Todo o meu ser é vício e é maldade. Todos os meus olhares têm o veneno
dos mais horrorosos crimes. Gasto quase todos os momentos da vida a pensar a
forma mais horrorosa e maldosa de satisfazer os meus criminosos desejos e a
calcar aos pés a Lei do Senhor. A minha dor é infinita, e só com a graça d’Ele
eu posso vencer tal sofrimento!
Ver o meu querido
Jesus a fugir de mim, depois de eu O ter expulsado, e corro, corro atrás d’Ele,
com a maior crueldade, a açoitá-Lo, a coroá-Lo de espinhos, a arrastá-Lo pelas
cordas! Sou a carrasco mais bárbara. Calco-O com os meus pés, e parece que tento
tirar-Lhe a vida. Jesus grita tanto com tal afronta! Eu nada digo de quanto O
faço sofrer, de quanto O vejo sofrer! Mas, se eu soubesse exprimir aqui a dor
que sinto que Ele tem e o quanto me custa descrever isto, que nada significa e
nada mostra do que Jesus sofre, quanto bem podia fazer às almas. (S.
22-03-1952)
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