quarta-feira, novembro 02, 2011

DIZ QUE EU QUERO REPARAÇÃO

Queria dizer-Vos, que sim e não posso; não tenho licença, bem o sabeis, meu Jesus...

— Esse mundo novo, esse mundo de pureza e amor devia principiar pelos sacerdotes. Que crimes eles praticam em Portugal e fora de Portugal. Que escândalo eles dão! Escandalizam-se os crentes, escandalizam-se os descrentes. Como eles afastam as almas de Mim! Dás-Me por eles alguns combates do demónio? Eu recebo desses combates tão grande reparação!
― Ó meu amantíssimo Jesus, ó meu querido Amor, apesar do horror que eles Me causam e do receio que eu tenho de pecar, queria dizer-Vos, que sim e não posso; não tenho licença, bem o sabeis, meu Jesus.
― Pede, pede, pede, Minha filha, diz que Eu quero esta reparação por mais algum tempo; consolo-Me nela, esqueço os crimes. Pede para Ma dares; prometo não te deixar pecar.
― Meu Jesus, quero a Vossa divina vontade e quero obedecer, resolvei Vós tudo, que eu tudo aceito. Mas não fiqueis triste, meu Jesus, aceitai toda a consolação e tudo o que eu Vos queria dar.
― Sossega, sossega, Minha filha, é grande o teu amor, é encantadora toda a tua vida. Diz, Minha filha, ao teu Paizinho que o amo, amo, amo. E que sobre a direcção das almas, depois duns momentos de reflexão faça ou diga o que no momento lhe for inspirado. Tem sempre com ele toda a luz do Espírito Santo e Eu sempre falarei em seus lábios. É mestre de almas, de grandes almas; fui Eu que o escolhi. O mestre destas almas tem que dar lições nas humilhações, nas perseguições e em tudo. Ele assim o tem feito. É mestre de almas, mestre de amor à cruz. Diz-lhe que depressa virei cumprir as Minhas promessas, satisfazer todos os Meus desejos. Não demoro, venho depressa. Diz ao teu médico que o tenho e a todos os que lhe são queridos presos ao Meu divino Coração, presos por amor como Eu estão preso na Eucaristia, nas prisões de amor. Cuidar de ti, cuidar do teu corpo e da tua alma, é cuidar de Mim. Diz-lhe que pode dizer, que quero que diga a quem é Autoridade, que estou triste, muito triste, que hei-de pedir contas por não se fazer luz, por não estarem as coisas como Eu gostaria que estivessem para bem das almas. Tens com a Minha graça feito bem a tantas, mas não a todas que podias fazer; isto sem culpa tua. Isto é uma ordem dada àquele que escolhi para amparo firme da missão mais sublime. Vem, Minha Bendita Mãe, dar à Nossa filhinha o conforto que ela necessita, sem o qual não resiste à dor, não pode levar a cruz.

(Beata Alexandrina: Sentimentos da alma, 4 de Outubro de 1947 - Sexta-feira)

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