quinta-feira, novembro 24, 2011

SEGUE-ME ALEGREMENTE

Sou Eu a confortar-te, a comunicar-Me a ti...

— Dá-Me a tua dor, aceita a tua cruz, segue-Me alegremente, Minha filha querida. Dá às almas o Meu divino amor e infunde-o em todas aquelas que Me querem amar, pede-lhes para que Me amem. Quero amor, quero amor para esquecer tanta ofensa ao Meu divino Coração. Quero amor, quero amor para com ele aplacar a justiça do Meu Pai. Minha filha olha o mundo, olha as almas que se perdem. Dei-te o Meu amor, dei-te todo o fogo do Meu divino Coração, incendeia-o nos corações; foi para isso que te fiz dele depositária; é por ti que Eu lho dou, é por ti que Eu sou amado. E, como prova disso e de que tu Me amas, Eu te apareço muitas vezes na realidade, mostrando-te o Meu divino Coração. E tu não tens falado disto, nada disto escreveste?
― Meu Jesus, só Vós sabeis o porquê. Com as minhas ânsias de amor e desejo de me enlouquecer por Vós, temia que fossem ilusões da minha parte, apesar de me sentir confortada, ao ver o Vosso divino Coração e Rosto, tão cheios de amor.
― Não é ilusão, não, filha amada; sou Eu a confortar-te, a comunicar-Me a ti, a dar-te amor para dares por Mim. Tu serás para o mundo. Tu serás para o mundo farol luzente, estrela brilhante sempre, sempre a cintilar. A tua vida será uma aragem celeste, perfumada e deliciosa, a correr sempre através dos tempos, a suavizar e atrair para Mim as almas. Recebe a gota do Meu divino Sangue; dou-ta vagarosamente; é a carne, é o pão, é o vinho que te alimenta, é a vida do que vives e a que quero que dês às almas.
Jesus, ao dizer isto, introduziu o tubo, uniu os nossos corações. Ao tirar o tubo, uniu ao coração os Seus divinos lábios, bafejou-mo e passou a Sua Santíssima mão sobre o lugar da abertura, como quem acaricia.
― Vai para a cruz, Minha filha, vai salvar as almas, e sempre que por elas te vejas rodeada, murmura baixinho: dou-vos a vida e o amor de Jesus, quero que todas sejais de salvação. Coragem, coragem! Leva conforto, leva amor, vai para a cruz.
― Obrigada, obrigada, meu Jesus.
Vim bem para a cruz; que grande é o tormento da minha alma. Bendito e louvado seja em tudo o meu Senhor.

(Beata Alexandrina: Sentimentos da alma, 28 de Novembro de 1947 - Sexta-feira)

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