sábado, novembro 05, 2011

É POR JESUS E PELAS ALMAS !

É a Ele, só a Ele que quero amar, glorificar e dar almas.

Quantas graças, quantos benefícios, quantos mimos de Jesus eu tenho recebido, e não sei agradecê-los, não sei provar ao Senhor com a minha vida de humildade e amor à cruz o quanto estou grata a Jesus, por tantas provas do Seu divino amor.
Obrigada, meu Jesus; obrigada, amor meu. Não posso, meu querido Jesus, dizer-Vos o que me vai no coração. Que conforto, meu amado, Vós permitiste, que me fosse dado. Vede meu Jesus, o meu reconhecimento para Convosco; aceitai mais um magnificat de acção de graças.
Não sei se é para bem que Jesus me mimoseou assim. Quanto outro bem não tenha, tenho ao menos eu um amparo, um apoio em pessoa de grande autoridade.
No meio da minha cruz, nesta luta de tão grande martírio, coberta de humilhações, veio Nosso Senhor por intermédio de uma alta e querida pessoa, a quem muito estimo, deitar-me a mão. Levantei-me, na minha dor e cegueira sempre, mas com a alma mais forte, com os olhos mais fitos em Jesus e na Pátria que me espera. Não é por mim para grandeza e glória minha, que eu estimei e agradeço ao Senhor este grande apoio; é por Jesus, é pelas almas, é pelos que me são queridos. Tudo isto principia e acaba por Jesus. É a Ele, só a Ele que quero amar, glorificar e dar almas. É por Ele, só por Ele que eu me curvo debaixo da minha cruz, é ainda só por Ele que eu quero ser pequenina, tão pequenina até desaparecer. Quero viver e não viver, isto é, viver só a vida de Jesus, estar aqui, como se não estivesse, viver aqui como se não vivesse e nunca aqui existisse. Jesus, só Jesus, para mim é tudo.
Não sei o que sinto, um Céu escuro, um Céu de tremenda justiça poisou sobre mim; poisou e ficou a faiscar. Que estrondo nele! Rebenta como bombas, abre-se em fogo e incendeia a terra. Entre a terra e este Céu de justiça, esmagada por ela, as chagas abrem-se mais e com mais abundância sangram, os espinhos do coração e da cabeça penetram mais fundo, as espadas e as lanças não deixam de o ferir.

(Beata Alexandrina: Sentimentos da alma, 10 de Outubro de 1947 - Sexta-feira)

1 comentário:

Angela disse...

Olá, Alfhonse!
Que blog abençoado! Obrigada por partilhar a vida de uma pessoa tão dedicada a Deus. Já estou te seguindo com alegria.
Ficarei contente com sua presença em meus cantinhos também!
Que Deus o abençoe sempre!
Abraços fraternos,
Angela