Estou cansada, quero unir o mundo a este fogo
Possuo em mim o que não é meu; sinto, conheço que é do céu. Estou cansada,
quero unir o mundo a este fogo, a esta vida do céu, e não posso. Sinto as
cadeias do amor de Jesus a prendê-lo e sinto as do demónio a arrastá-lo para a
perdição eterna. O mundo não escuta a voz de Jesus, não repara nos Seus olhares,
não aceita as Suas ternuras e meiguices, não se deixa prender por Ele. Que
martírio que tanto esgota o meu coração! Não sei o que pressinto, não sei o que
me espera. Vêm com severidade junto da minha alma, dão-me fortes abalos,
fazem-me estremecer o meu corpo. Mas permaneço firme, nada há que me deite a
terra. Nada há que me arranque da minha cruz e dos braços de Jesus. Se uma vez
ou outra me parece perder-me, Ele vem auxiliar-me. Veio hoje, era já noite,
dissipou por um pouco as minas trevas, desviou para longe as minhas dores. (Alexandrina Maria da Costa: S. 31 de Maio de
1945).
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