quinta-feira, maio 13, 2021

PORTUGAL INGRATO

Fátima, Fátima! Calvário, calvário!


― Calvário ditoso, calvário prodigioso, calvário transformado num paraíso de Jesus na terra. Desci, desci, minha filha, desci, desci, esposa querida, desci do Céu. Entrei no teu coração, transformei-o num céu. Eu quero, eu quero fortalecer-te. Eu quero falar pelos teus lábios. Eu quero dizer-te as minhas alegrias e tristezas. Alegro-me no teu coração. Alegro-me com a reparação que me dás. Eu posso, sim, eu posso apresentar a meu eterno Pai grande reparação. Eu posso, sim, eu posso colocar sob a sua divina mão uma escora firme para a sustentar. Ó Portugal ingrato, ó mundo cruel, o que seria de ti sem a vítima deste calvário!... Portugal ingrato! Portugal, quantas graças tens recebido do teu Deus?! Fátima, Fátima! Calvário, calvário! Este ditoso calvário, meios para ti de grande reparação. Estou triste, estou triste. Portugal ingrato! Estou triste, muito triste! O mundo cruel! Nada mais posso fazer. Fiz tudo, fiz tudo para a salvação dos filhos do meu sangue.

― Ó Jesus, ó Jesus, estou certa, confio. Tudo fizestes, tudo fareis e o mundo será salvo. Portugal será grato, sempre grato ao Vosso Divino Coração. Sou Vossa vítima, Jesus. É a Vós que eu abraço, é a Vós que eu me prendo. Só convosco eu serei forte, só com a Vossa graça vencerei. Ai, meu Jesus, sou eu, bem sabeis que sou eu, a mais pobrezinha, a mais indigna das Vossa filhas, mas bem sabeis que, apesar de pobre e miserável, com a Vossa graça também serei eu a sofrer pelo Vosso amor e pelas almas. Com a Vossa graça sempre repetirei: Jesus, sou a Vossa vítima! Jesus, sou a Vossa vítima! Jesus, sou a Vossa vítima! (Alexandrina Maria da Costa: 09-10-1953)

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