Quanto sofri, meu Deus!
Dias amargos, dias dolorosos de profundas e sentidas lágrimas foram os
que se passaram. A minha pobre natureza não pode ser mais fraca. A vontade está
pronta, sempre pronta para tudo o que Vos aprouver, meu Amor. Escondo, escondo
muito os sofrimentos para não ser causa de os meus sofrerem. Bem sabeis, Jesus,
que é assim, é só por Vós e pelas almas. Eu aceito esta vida de tão doloroso
martírio. Sem ver a Jesus, sentia que da Sua sacrossanta cabeça se desprendiam
espinhos, como pétalas de flores que os ventos desfolham e se vinham espetar na
minha cabeça. Sentia que mãos cruéis de lança em punho me alanceavam o coração
e me cravavam muitos punhais. Que dor, que dor! Quanto sofri, meu Deus! Da
mesma forma, sem ver a Mãezinha, vinham as setas do Seu Santíssimo Coração. Os
olhos da alma viam tudo que pareciam vir dos ares. O coração adivinhava donde
vinham os espinhos e tudo o mais. (Alexandrina Maria da
Costa: 7 de Maio de 1954 – Sexta-feira)
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