sábado, maio 22, 2021

SINTO QUE PERDI JESUS

Quanto mais corro ao Seu encontro…


Tenho fome, tenho sede de possuir Jesus; não cessa, é devoradora. Quanto mais corro ao Seu encontro, mais sinto Ele fugir. Perdi-O, perdi-O, não O encontro no meio de tantas trevas. Infundo-me nelas cada vez mais, de olhos vendados e louca por tão grande dor ato na cabeça as minhas mãos. Não digo bem: sinto que o faço e que estou perdida no mar tempestuoso e encapelado, na noite mais negra e aterradora, mergulhada em mundos de escuridão. Sinto e ouço o zunir dos ventos, as ondas levantam-se à maior altura e baixam de novo serenamente. E eu sozinha, tão sozinha, sem ninguém! Ao sentir tempestade tão desastrosa, fito-a, escuto-a, mas com serenidade. Se morrer nela, morro por Jesus, morro pelas almas. Confio, espero, o meu corpo pode sofrer tudo, pode desaparecer destruído com o furor da tempestade, mas a alma tem o seu fim, há-de ir ao encontro de Jesus, Ele há-de recebê-la, há-de ampará-la e levá-la para Ele.

— Ó mundo, que tão ingrato tens sido para mim! E eu amo-te tanto; amo-te não pelos teus falsos encantos, mas sim porque és de Jesus. A minha dor por vezes é quase desesperadora. Oh! se não fosse Jesus e a Mãezinha! A Eles devo a minha resistência a tudo. (Alexandrina Maria da Costa: S. 22 de Maio de 1945)

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