Ó Mãezinha das Dores !
– Ó Mãezinha, ó Mãezinha das Dores, eu, assim unida a Vós, faço penetrar mais no Vosso Santíssimo Coração essas setas. Não quero, não quero ver-Vos com elas, nem com tantos, tantos espinhos. Passai-os, passai-os todos para mim.
– É assim, é assim, minha filha, que as ofensas, que fazem a Jesus, me ferem também a mim. É para passar para o teu coração os meus sofrimentos que Eu me apresento diante de ti tão magoada e ferida.
– Ai Mãezinha, ai Mãezinha, não deixeis nada no Vosso Santíssimo Coração que Vos possa ferir; passai, passai tudo para o meu.
– Estás pronta, filha querida, a seguir a Jesus, dorida como Eu O segui, no caminho do Calvário, e O acompanhei na maior agonia até que Ele expirasse e fosse sepultado?
– Sim, Mãezinha, estou pronta; dai-me a Vossa graça.
– Sofre, sofre então, filha querida, filha amada de Jesus e de Maria. Repara os Nossos Divinos Corações, que vão ser cravados por mãos cruéis, corações apodrecidos pelos vícios e paixões. Repara-Nos por tantas confissões mal feitas e comunhões sacrílegas. Ó minha filha, minha filha, como Nós vamos ser ofendidos pelos pecadores do mundo e, sobretudo, por muitos, muitos sacerdotes. Minha filha, filha de Jesus, faz sempre a vontade de Jesus, não Lhe negues nenhuma reparação, seja ela como for. Conta com toda a graça e força do Céu. Passo no teu coração um pouquinho de sangue que correu dos espinhos que feriram o Meu. É mais dor para o teu e ao mesmo tempo bálsamo. Tem coragem! Minha filha, minha querida esposa, unido à Minha Bendita Mãe, dou-te as minhas carícias com toda a graça e amor. Dá tudo o que recebes destes Divinos Corações aos que amas, aos que te rodeiam, aos que te amparam. Ponho no teu coração as predilecções que tem o Meu e O de Minha Bendita Mãe. Estimas e amas com todo o amor todos aqueles que Jesus estima e ama. Sofre, sofre, sofre, vai para a dor, vai para a imolação.
– Obrigada, Jesus, obrigada, Mãezinha, por tanto amor, por tanto conforto, por tudo, tudo o que me dais. Obrigada, obrigada.
(Beata Alexandrina Maria da Costa: Sentimentos da alma, 1º de Março de 1952 – Primeiro Sábado)
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