Alexandrina deseja ir a Fátima
Nesse ano, o Sr.
Abade foi a Fátima e perguntou-me o que queria de lá. Pedi-lhe que me trouxesse
uma medalha, mas ele ofereceu-me um terço, uma medalha, o «Manual de Peregrino»
e alguma água de Fátima. Sua Reverência aconselhou-me a fazer uma novena a
Nossa Senhora e a beber água de Fátima com o fim de ser curada. Não fiz uma,
mas muitas. Cantava muito e dizia às pessoas vizinhas que me visitavam: se um
dia me vissem pelo caminho e me ouvissem cantar, era eu que ia agradecer a
Nossa Senhora o benefício que recebia. Pensava que seria curada, mas
enganei-me; era a minha grande confiança na Mãezinha e em Jesus que me fazia
falar. Pensava: se for curada, vou logo, logo para religiosa, pois tinha medo
de viver no mundo. Nem sequer visitava a minha família. Queria ser missionária,
para baptizar pretinhos e salvar almas a Jesus.
Como não consegui
nada, morreram os meus desejos de ser curada e para sempre, sentindo cada vez
mais ânsias de amor ao sofrimento e de só pensar em Jesus. (Alexandrina Maria
da Costa: Autobiografia)
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