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O TEMPO NÃO PASSA
As horas parecem séculos
Jesus suspendeu-me a crucifixão: parece-me que me
suspendeu a vida. Só Ele pode avaliar a minha tristeza e saudade. Não tenho o
sofrimento da cruz; já não me sinto nela, escondeu-se-me por completo, mas
tenho maior cruz ainda, são maiores os meus sofrimentos. Não posso viver no
mundo. O tempo não passa, as horas parecem-me séculos, os dias e as noites
eternidades. Quantas vezes levanto os meus olhos ao Céu para exclamar: Jesus, ó
meu querido e saudoso Jesus! Mãezinha, ó minha querida e saudosa Mãezinha!
Santíssima Trindade, ó minha querida e saudosa Trindade, para quem só quero
viver, a quem me entrego, a quem só quero amar. Pobre de mim! Digo que amo e
não tenho coração para amar, não tenho corpo senão para a dor, sou como uma
bola de espuma que depressa se desfaz. Que trevas, meu Jesus, que securas, que
amarguras, que agonias as da minha alma. (Alexandrina Maria da
Costa: S. 24 de Maio de 1942)
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