Nada tenho a não ser miséria
As tristezas e
amarguras da minha alma são cada vez maiores. A noite, mais tenebrosa e
aterradora. A vida tornou-se pesada e difícil de viver, vida sem vida, vida
morta, porque só vive a minha miséria. Sou um monstro mundial de podridão.
Sinto como se nunca nascesse para Deus, nunca vivesse para coisa alguma de
utilidade. Nada tenho a não ser miséria. Estou para a eternidade de mãos
vazias. Horas tristes, horas difíceis de vencer. Parece-me que em vão invoco o
nome do Senhor e que nada vale o meu brado por Jesus e pela querida Mãezinha.
Consolai-Vos,
Jesus, nas minhas tristezas e amarguras. Não quero alegrar-me a mim, mas sim
alegrar-Vos a Vós. Creio nas Vossas promessas. Creio, Jesus, creio! Que esta
palavra se repita dia e noite sem cessar. É um crer sem um sentimento de fé.
Creio. Creio. Sou a Vossa vítima. (Alexandrina Maria da
Costa: 21 de Maio de 1954 – Sexta-feira)
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