Contemplação das obras de Deus
Pelos quatro anos e meio de idade, punha-me a contemplar o céu (abóbada celeste) e perguntava aos meus
se poderia chegar-lhe se pudesse colocar umas sobre as outras todas as árvores,
casas, linhas dos carrinhos, cordas, etc., etc. Como me dissessem que nem assim
chegaria, ficava descontente e saudosa, porque não sei o que me atraía para lá.
Lembro-me de que, nesta idade, tinha em casa uma tia doente, que morreu de
cancro, e chamava-me para ir embalar um filho, primeiro fruto do seu matrimónio,
serviço que fazia com toda a prontidão, quer de dia quer de noite.
Já nesta idade amava muito a oração, pois lembra-me que minha tia pedia-me
para rezar com ela a fim de obter a sua cura. (Alexandrina Maria da Costa: Autobiografia)
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