Criei-te para a missão mais sublime
Um bando de Anjos
mais bastos que a chuva miudinha desceram, a baterem as asas, cheios de luz.
Mais atrás, um bando sem número de pombas brancas. Por último desceu a
Mãezinha, coroada de rainha, num grande trono; colocou-se à minha frente; senti
como se o meu peito fosse aberto, e a Mãezinha colocou no meu coração as Suas
Santíssimas mãos. Do coração divino de Jesus saiu para o meu, fogo, muito fogo;
e por último a gotinha de sangue. Com este calor ardente e o sangue de Jesus, o
coração dilatou-se, fiquei sem poder respirar. A Mãezinha fazia do coração uma
bola que ela acariciava; com estas carícias e beijos, que ela me dava, aguentei
o amor de Jesus.
― Minha
filha, coragem, coragem ― disse-me Ela.
O peito cerrou e
a Mãezinha com os Anjos e o bando das pombas brancas principiou a subir. Ao
vê-La partir, disse-lhe:
― Muito
obrigada, Mãezinha; levai-me convosco para o Céu.
― Espera,
Minha filha, mais um pouco; tem coragem! Depressa virás para a tua Pátria. (Alexandrina
Maria da Costa: 16-05-1947)
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